Para que um avião deixe o sole e comece a voar, é necessário que a fuselagem esteja projetada, de maneira que, sua estrutura consiga vencer as forças de resistência do ar e do próprio peso. Nestes dois casos, as hélices (ou turbinas) fazem o trabalho de “empurrar” o avião para frente, de maneira que, assim, consiga vencer a resistência do ar em grande escala; depois, as asas entram em cena produzindo uma força maior que o peso da aeronave contra o ar, criando empuxo e, fazendo o avião subir.
Santos Dumont, provavelmente ficaria muito orgulhoso hoje, em ver como o fruto de sua invenção chegou a patamares de tecnologia e utilidade tão avançados. A arte de voar sempre foi um sonho, uma aventura onde poucos tiveram a ousadia para se empenhar e chegar ao resultado de sucesso, o qual foi obtido por santos Dumont.
Voltando ao avião, o princípio de decolagem está baseado no princípio físico criado pelo suíço Daniel Bernoulli, que se resume da seguinte forma: “quando a velocidade da passagem do ar por uma superfície aumenta, a pressão diminui”. Com esta base, as asas são criadas de maneira a favorecer a passagem de ar com maior facilidade e rapidez na parte de cima e com mais dificuldade e menor tempo na parte de baixo.
Então, a pressão na parte superior das asas diminui, e ao mesmo tempo, na parte de baixo, aumenta, como resultado, o ar, empurra o aparelho para cima. De forma geral, a parte de cima da asa é curvada, enquanto a parte de baixo é reta. Dessa forma, o ar passa em velocidades diferentes em cima e em baixo. Na parte de cima, mais rápido, na de baixo, mais devagar.
Junto às asas, existem os flaps, cuja função é controlar o ângulo de subida ou descida e, ajudar a regular a velocidade do avião. Os flaps são móveis, de forma que conseguem modificar a atuação e, por conseqüência, a direção da pressão nas asas e, dessa forma, a subida e descida da aeronave.
Curiosidade sobre as turbinas: os aviões a jato, impulsionados por turbinas, foram desenvolvidos com inspiração na terceira lei de Newton (Princípio da ação e reação), que se resume assim: “para cada ação, existe uma reação de mesma direção e intensidade, porém com sentido contrário”.
Neste caso, a turbina exerce força sobre o avião (ação) que reage e é impulsionado para frente (mesma direção) na mesma intensidade da turbina, porém, em sentido contrário à pressão de empuxo, que a turbina provoca.
As turbinas, literalmente, sugam o ar para dentro delas. Para isso, em seu interior, existe uma espécie de hélice, lembrando um grande exaustor. Este mesmo ar sugado é imediatamente expelido para fora, pelo lado de trás depois de ser acelerado e comprimido no interior da mesma.
A asa que fica em pé, na parte de trás da fuselagem, é chamado de estabilizador vertical, cuja função é ajustar a direção de deslocamento da aeronave, mantendo o avião em linha reta. Nele é que se encontram também outros flaps, os tão conhecidos lemes, cuja função é manobrar o avião tanto para a direita como para a esquerda.