Cursos de graduação, necessidade ou pseudo status?

curso superior

Muitas pessoas estudam mais do que suas próprias forças. Não são pessoas normais, são pessoas que já possuem alguma formação superior, depois voltam à universidade querendo formação em outra área. O intuito não é buscar conhecimento. É buscar um título.

Faculdade de direito, por exemplo, é visada por quem tem formação em outra área. Após muitos anos, voltam a ocupar uma cadeira na sala de aula, onde, buscam o título de bacharelado em direito, imaginando que, ao concluir, serão advogados, passando esta impressão aos seus amigos. Mas isso não é verdade.

Então, a universidade é um alvo para falsos profissionais que procuram obter tão somente um título superior e não a formação em si. Enquanto ocupam uma cadeira na sala, obstruem a vaga de um aluno ideal, o qual seria um excelente profissional, mas, não foi, pois, teve sua posição obstruída por aquele, que busca somente mais um título de graduação.

Além disso, um percentual considerável de acadêmicos prefere uma formação por causa da titulação e não pelas suas vocações pessoais. O efeito disso é visível na sociedade, quando torna-se necessário a recorrência aos “profissionais do status”. Um médico, um padre ou qualquer que seja o profissional, somente dão o melhor de si quando o são por atribuições próprias e, não, por imposição de um status.

A carreira profissional tem espaço para todas as ocupações. Se alguma representa maior ou menor status, isto acontece apenas na imaginação, porque, para qualquer profissão, todos  têm importância igual. A sociedade é dependente de todos os tipos de trabalhos e profissionais. Escolhe-los por habilidades próprias e não por influência social é o verdadeiro papel que o ser humano tem para oferecer a sociedade.

O ego humano nunca estará totalmente preenchido. A busca pelo ter mais é o que causa este fenômeno, cujo cérebro interpreta e não se conforma em não oferecer este “mais” para o seu dono. Há milênios tem-se tentado encontrar a busca da satisfação plena para humanos, que enxerga mais estímulos do que verdades na convivência social.

E, sendo a mente bombardeada de pseudos estímulos vivenciados em relações interpessoais, a busca do status ideal é um fruto que a mente destas pessoas vai lutar em conseguir. O problema é que as mentes desse tipo são poluídas, deveriam ser estimuladas com pensamentos mais adequados, como, por exemplo, a realização humana naquilo que se ama e não naquilo que vai lhe representar um falso status. Cabe ao seu dono buscar estes estímulos.

A busca do conhecimento é fundamental, é necessário, é prazeroso. Mas não deve ser feito de forma inadequada, para agradar ao ego e, que, em nada beneficia aos outros e nem mesmo a própria pessoa. Cada qual com seus talentos, suas virtudes e seus erros.

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