Como surgiu o universo? O que havia antes dele? Será que um dia existiu um início? Há fronteiras no cosmos? A descrição científica da origem do universo afirma que, o universo teve sua origem com uma explosão indescritivelmente colossal, o Big Bang, que fez o espaço expandir-se, isso, há aproximadamente quinze bilhões de anos atrás. Toda a matéria e energia que formam o universo estavam concentradas em um espaço incrivelmente minúsculo, comparado à cabeça de um alfinete.
A partir desta explosão fenomenal, a matéria do universo e a concepção de “espaço” começou a expandir-se, a “inflar” em todas as direções, fenômeno que continua acorrendo até a atualidade, ou seja, neste exato momento, todo o universo está se expandindo.
Entendendo a descoberta do big bang: o efeito Doppler (em tese, é a mudança de comprimento de ondas, tanto mecânicas como eletromagnéticas, emitidas pelos corpos em movimento) para ondas de luz é a chave para o cosmo. A evidência para este fato foi reunida por um ex cocheiro, que estudou somente o ensino fundamental, seu nome: Milton Homason.
Durante a segunda década do século XX, o maior telescópio do mundo estava sendo montado no Monte Wilson, em Los Angeles. Muitas peças para montagem do telescópio, grandes e pesadas, necessitavam de força animal para serem conduzidas até o topo da montanha, já que, não existiam veículos automotores na época, neste ponto, Homason, cocheiro de mulas, era um dos operários que conduzia os animais durante o transporte.
Homason era um jovem brilhante e ficou fascinado em entender sobre os equipamentos que ajudava a transportar com carroças para o monte Wilson. Após o telescópio já pronto, em 1917, ele permaneceu no observatório como zelador e eletricista. Uma noite, o assistente noturno do observatório estava doente, foi quando solicitaram que Homason ficasse no lugar.
Homason possuía talento natural para usar aparelhos astronômicos, tanto, que virou um super especialista no telescópio de 100 polegadas, construído no observatório do monte Wilson. Na década de 1920, a atenção das observações era voltada especialmente para o estudo das galáxias, aproveitando para isso, o grande tamanho do telescópio montado. As observações não eram diretas, o telescópio ficava exposto à noite toda em direção a uma galáxia alvo, as luzes cósmicas captadas pelo instrumento eram “impregnadas” sobre uma espécie de placa de vidro, como se fosse um negativo fotográfico. Nesta placas é que ficavam desenhadas as formas e cores das galáxias alvo, resultado de muitas horas de exposição do telescópio.
Homason, juntamente com Hubble, estavam desenvolvendo um estudo sistêmico sobre galáxias distantes. Mesmo sem saberem, os dois cientistas estavam encontrando os indícios do big bang. Através das observações destas galáxias pelo telescópio, verificou-se que havia mudança de cores, nas imagens, para o vermelho. E, quanto mais distante a galáxia, mais o seu espectro de cores ficava avermelhado.
Se esta mudança era devido ao Efeito Doppler, as galáxias distantes deviam estar se afastando de nós (e nós delas) e, a velocidade do afastamento é diretamente proporcional à distância, ou seja, quanto maior à distância em relação a uma galáxia, maior a velocidade de afastamento (lei de Hubble-Homason). “Presas ao tecido do espaço”, as galáxias estavam traçando a própria expansão do universo. O evento iniciado em um ponto comum, o big bang.
Homason e Hubble tinham descoberto o big bang.
Georges Lemaître, propôs aquilo que hoje é conhecido como a Teoria do Big Bang, a qual foi desenvolvida por George Gamow e engloba outros estudos além das observações de Hubble e Homason, encontra bases na Teoria da Relatividade e hipóteses simplificadoras (como por exemplo, homogeneidade e isotropia do espaço).
Em 1965 a Teoria do Big Bang foi confirmada por experimentos realizados Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson e, é tida oficialmente como a teoria que explica a provável origem do universo que conhecemos hoje.